sexta-feira, dezembro 12, 2008

'PÁTRIA MADRASTA VIL'


                         


 'PÁTRIA MADRASTA VIL'


Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência...
Exagero de escassez... Contraditórios ?? Então aí está! O novo nome do
nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a
abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de
responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente
sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que
não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o
Brasil  está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um
lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me
restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não
iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse
efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade +
igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou
tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha,
acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou
crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma
segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que
quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam
hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às
vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação
libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não
sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade:
nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do
Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão
confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que
reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas
preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro
pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar
com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe
que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?

Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a
um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por
todos...
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma
madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como
bicho?
Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina
faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil
estudantes universitários.
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma
redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'.

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num
livro, com  outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está
disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.

 REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000

PARTICIPANTES.

Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para
professores. Isso é o que eu chamo de  jeito mágico de juntar palavras
simples para formar belas frases.

Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ

 

quinta-feira, setembro 11, 2008

GRAMPOLANDIA


Assisto estarrecida a corrida aos Grampos! aos caçadores dos grampos…Que peninha não? Naquele PAIS chamado Brasilia, se legisla em causa própria…Vergonhosa a velocidade a se criar uma legislação própria a coibir grampos..acho mesmo ridículo tudo isso..É triste sem dúvida a perda da privacidade mas num país onde a dor de nosso próximo ( eleitores) não importa; onde pouco se tem ou nenhuma pressa em mudar leis vitais que acabariam com a nossa perda de liberdade de ir e vir…onde os bandidos mandam, riem, debocham; onde a corrupção rola solta e tenho certeza, a ferida sangrou porque veio á tona trechos de diálogos que jamais deveriam ter sido travados por telefone..Assim, o PODER venceu mais uma vez…quem tem pode…o estopim de tudo isso, a mim está clarissimo, foi o Habeas Corpus concedido a Daniel Dantas…A agilidade em defender os tubarões surpreende a todos nós miseráveis assalariados…Foram tantos escandalos descobertos pela Policia Federal, tantas escutas permitidas e quem ficou na cadeia???? Obvio>> NINGUEM..AH estou sendo injusta; ficou sim…um João das contas que ousou roubar o cordão de ouro do Ministro Gilmar enquanto êle caminhava na AV. Beira Mar em Fortaleza..Esse está preso e tenho certeza, jamais alguém concederá a êle um habeas corpus…É isso..isso é Brasil…A nós proletários cabe tão somente trabalhar (quando se tem emprego), pagar nossos impostos e votar…votar e esperar pela esperança; esperança que alguém um dia olhe para esta Pátria com sentimento de brasilidade; com coragem de lutar pelo povo que suou, foi roubado e vê a cada semana novos milionários sendo lançados no mercado como carros novos, após prestação de favores; acertos após licitações milionárias, etc…O mais lamentável em tudo isso é que a discreção já não existe mais..hoje os tubarões mamam nas tetas flácidas desse Brasil tentando sugar tudo o que podem e nós só podemos contemplar, esperando que um dia surja de dentre tantos analfabeteos candidatos a vereadores, UM capaz de encabeçar um movimento à dignidade, à verdadeira justiça que merecemos…com escuta ou sem escuta telefônica muitos puseram suas barbas de molho…

terça-feira, março 11, 2008

CHAPÉU VIOLETA


Por esse mundo virtual circulam mensagens, textos que vão e voltam, muitos dizem pouco outros parecem chegar-nos em momentos oportunos.

Esse texto,o qual desconheço a autor, fala muito sobre a vaidade feminina, hoje já incentivada praticamente desde o berço. Assim, comum encontrarmos mini mocinhas em corpos de pequenas meninas; adolescentes desesperadas, com a modelagem de seus corpos mas, pouco se fala daqueles outros " valores" que determinam uma existência feliz. Fala-se de complexos porque nossa sociedade está a cada dia mais competitiva fazendo com que nos tornemos coisas e coisas só têm valor por seus invólucros. Que pecado, quantos erros cometem as mães em não valorizar, formar, enrrijecer o caráter de seus filhos. Frequentemente sabemos de mães que se endividam até a raiz dos cabelos para proporcionar a seus filhos aquilo que suas posses não podem ofertar só para que êles não se sintam inferiorizados diante de " seus grupos" e no futuro? qual será a reação dessa criança diante das competitividades para uma vaga de emprego ou mesmo para seus ingressos nas Universidades? A criança tem que crescer consciente das posses de seus responsáveis; ser preparada para a luta e seu futuro crescimento humano para só assim crescer com os pés no chão.
CHAPÉU VIOLETA



Aos 3 anos ela olha pra si mesma e vê uma rainha.


Aos 8 anos ela olha pra si mesma e vê Cinderela


Aos 15 anos ela olha pra si mesma, vê uma bruxa e diz:

"Mãe, eu não posso ir pra escola desse jeito!"



Aos 20 anos ela olha pra si mesma e se vê "muito gorda
muito magra, muito alta
muito baixa, com cabelo muito liso
muito encaracolado", mas decide que
vai sair assim mesmo...

Aos 30 anos ela olha pra si mesma e se vê "muito gorda
muito magra, muito alta muito baixa,
com cabelo muito liso muito encaracolado", mas decide que
agora não há tempo para consertar essas coisas. Então, sai
assim mesmo..


Aos 40 anos ela olha pra si mesma e se vê "muito gorda
muito magra, muito alta
muito baixa, com cabelo muito liso
muito encaracolado", mas diz: "sou
uma boa pessoa" e sai mesmo assim...


Aos 50 anos ela olha pra si mesma e se vê como é.
Sai e vai para onde ela bem entender...


Aos 60 anos ela olha pra si mesma e se lembra de todas pessoas que não podem mais se olhar no espelho. Sai de casa e conquista o mundo...


Aos 70 anos ela olha pra si mesma e vê sabedoria, risos,
habilidades... Sai para o mundo e aproveita a vida...


Aos 80 anos ela não se importa muito em olhar pra si mesma. Simplesmente põe
um chapéu violeta e vai se divertir com a vida...


Talvez devêssemos pôr o chapéu violeta mais cedo...

sábado, janeiro 19, 2008